quinta-feira, 21 de julho de 2011

Episódio 3 - Combate & Piedade

- “GAIA PROTETORIUM!”  - gritou Will
Grãos de terra começaram a rodar em torno do andarilho, em poucos segundo se multiplicaram formando um morro de terra em torno dele, que se abaixa no grande furo no meio do pequeno morro.
O Troll atroz que corria cego de raiva tropeça  na protuberância no solo, e cai rolando metros a frente, ele se levanta, aparentemente atordoado,  seus olhos estão vermelhos como sangue fluindo de ódio; a queda o enfurecera. Will se levanta do buraco e Krurg aparace ao seu lado .
- Ótimo, temos uma besta de 4 metros de altura enfurecida e descontrolada sedenta por destruição, parabéns andarilho, agora deixe isso para um humanóide capaz de...
- Guarde sua espada grandão! – interrompeu Will – ao menos nesse caso não há necessidade de sangue.
-Tem noção do que essa coisa pode fazer?
-Nenhuma no momento...
Will guarda sua espada na bainha enquanto o trolóide o encara com uma face indignada. O Troll ruge mais uma vez e começar a se erguer e esmurrar o chão com força, fazendo os locais mais próximos tremerem. Krurg no desequilíbrio acaba por cair, ao se levantar e voltar seus olhos para Will ele sumira, já estava correndo em direção ao Troll.
-Pobre coitado, sem armas nem mesmo o mais habilidoso monge pode durar muito tempo lutando com as mãos nuas contra um Troll Atroz... – resmungou Krurg empunhando uma boleadeira na mão.
O andarilho correu com um olhar concentrado, o troll ergueu sua enorme mão e tentou acertá-lo, porém o humano foi mais rápido, pulou e rolou por baixo da perna do monstro, levantou-se e saltou, agarrando dois dos vários espinhos nas costas do troll atroz, a criatura sente que fora pega de surpresa, e começa a se movimentar para agarrar Will que por meio da força não se deixa cair ou ser pego. Krurg se prepara para lançar a boleadeira nas pernas da fera, num momento de descuido o andarilho é agarrado e imediatamente lançado com grande velocidade no trolóide. Os dois caem bruscamente após o choque.
- Sai de cima de mim e repita o movimento, agora vou acertar! – ordenou o trolóide.
- Falar é fácil não é mesmo? Vai lá e manda seu titio se acalmar! – retrucou ironicamente.
Via-se o começo de uma discussão quando o troll chega por trás de Will. Krurg por mais irritado que estivesse com o humano já pode ver a condolência em seus olhos vendo a morte de Will quando a fera atroz abre sua enorme boca e se enclina para morder Will.
O silêncio por um instante tomou conta da floresta. O trolóide ficou pasmo ao ver a cena, a face de Will mudou, estava sério, com as mãos para o alto segurando as duas presas inferiores enormes do troll atroz. Ele pulou, ainda segurando as presas, e rodou caindo na nuca da criatura, em meio a solavancos dessa grotesca montaria, ele retirou um saco de seu bolso, e despejou um pó prateado sobre a face do troll, que se debateu e aos poucos, reduzindo sua intensidade de força, cai ao solo, parece estar em sono profundo.
-O que aconteceu?
-Pó de asa-da-lua, feito com a asa da mariposa com escamas com propriedade sonífera, ele vai dormir por um bom tempo agora...
-Bem, é a hora certa, mas como você o derrubou, é seu direito matá-lo...
-Não haverá sangue hoje, já disse, seu orgulho foi ferido, quando acordar ele vai migrar. Enquanto isso, vamos pegar aquelas redes ali, a garota tremendo de medo atrás daquela pedra e voltar para o hotel, tem um refogado que quero para o jantar, e umas cartas pra pôr na mesa, eu, a garota e você trolóide.
-Eu declinaria, mas a fama do refogado de câncer de safira fala mais alto hehehe...

Horas depois no salão do hotel, Will, Krurg e Lyza estão sentados em uma mesa, cheia de pratos vazios, o silêncio, exceto, pelo sons dos talheres do trolóide terminando sua refeição, é quebrado por Will.
-Depois de amanhã vou partir para uma cidade ao norte. E estou procurando por uma equipe...

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