sábado, 16 de julho de 2011

Episódio 2 - O Acaso da Coincidência

Mata adentro Will avança por entre os galhos densos de uma vegetação bem verde, a floresta de Laguna segundo contam os livros é repleta de uma fauna e flora diversificada, entretanto; não se avista muitos animais pelo local, a não ser pelos insetos que fogem no chão aos passos de nosso andarilho e os mosquitos que tendem a rodear seu corpo.
Não se ouve muitos sons a não ser de mato sendo empurrado e os sons típicos de uma floresta diversificada, além do mais, em sua mente apenas ecoavam as instruções de Mark, o pescador:
Da última vez eu não vi muita coisa só corri muito, mas o Troll era enorme, eu estava no lago principal, onde jogo a rede para capturar os cânceres de safira, quando a água começou a ondular, uma sombra surgiu nas minhas costas e ele rugiu, travei de medo, não peguei nada só saí correndo, não sei dizer quantas árvores ele derrubou correndo atrás de mim, mas por ser menor eu consegui fugir... o lago fica no centro da floresta, é só rumar à nordeste e já encontrará o lago... boa sorte jovem...”
Ele avança lentamente, empurrando as folhas com as mãos, seus olhos se arregalam quando encontra uma grande clareira, na verdade mesmo, era os resultados de um timbre de destruição e medo,  por metros haviam árvores caídas e pegadas de pisadas fortes no chão, Will faz surgir seu olhar de indignação. Ele passa a caminhar por entre o rastro do que parecia ter sido uma caçada, certamente batia em detalhes com a pobre descrição do pescador, cujos olhos brilhavam de MEDO ao relembrar a sensação. Algo precisava ser feito.
Will estava analisando a ‘cena o crime’ quando um zumbido corta o ar e ele se vê caído ao chão enrolado por uma grossa corda. Fora atingido por uma boleadeira; e que boleadeira, era maior do que as convencionais usadas para se caçar animais de porte médio. Por meio de esforços este andarilho tenta se libertar, mas é difícil.
O rosto de esforço de Will muda quando uma sombra o tampa do sol, não se vê muita coisa até que um mão verde o puxa pelo pescoço. Face-a-face com o desconhecido, a criatura o olhava friamente, olhos quase brancos por inteiro, sua pele era de um verde pálido inumano, e a força que apertava o pescoço de Will era sobrehumana. O silêncio foi cortado:
- Ora, ora... o que nós temos aqui? Não lembro de ter rastreado um humano desde que cheguei... Bom não me importa, melhor me livrar de você antes de me livrar do meu alvo principal...         FLUSH!
Uma pequena bola de fogo atingiu a criatura humanóide na cabeça por trás, era Lyza, sabe-se lá de onde ela surgiu, provavelmente seguiu Will , estava assustada. Havia motivo, a sobrancelha da criatura se contorcera demonstrando a raiva e o andarilho acabara por tomar consciência do erro da garota, o humanóide desceu a mão a cintura sacando mais uma boleadeira, virou a cabeça para trás; Lyza se congelou de medo, o ser se prepara para lançar o aparato quando... “VIBRATA SÔNICA!” Will berra perante sua falta de ar, imediatamente a espada em sua bainha começa a vibrar, produzindo um som de metal se contorcendo cada vez mais alto em questão de segundos, era ensurdecedor, a criatura berra até não resistir e cai a terra com as mãos na cabeça, deixando Will escapar, numa tentativa de força ele arrebenta as cordas, e vê Lyza caindo ao chão também, foi demais para ambos. Pouco tempo depois a criatura acorda, Will está a frente de Lyza desmaiada no chão e com a espada em punho.
- Mas o que você pensa que estava fazendo?  – questionou a criatura
-Vibrata Sônica faz qualquer objeto fortemente ligado ao dono tremer gerando uma freqüência sônica ensurdecedora, exceto para o portador do objeto...
-eu to falando com ela seu babaca! Por que ela me atirou uma bola de fogo?
- ela está desmaiada seu... seu... afinal O QUE É VOCÊ ? não me parece o tal Troll que falaram...
- e não sou seu imbecil! Não sabe a diferença de um trolóide e um troll atroz?
- Ah tá explicado...
- Sou Krurg, caçador de recompensas e você pequenino, quem é?
-Will. Procuro pelo Troll que invadiu este local.
- Ele não invadiu, não é um troll comum nem um trolóide como eu, Trolls Atrozes são seres maiores e menos sociáveis, não há como argumentar com uma criatura dessas, e outros moradores da região me contrataram para arrancar-lhe a cabeça, por mais que me doa ferir um irmão de raça, e te digo uma coisa andarilho, fique fora do meu caminho e do troll, caso contrário, haverá mais de o sangue de uma criatura derramado nesta floresta hoje, e tire a bela adormecida daqui antes se machuque mais... – Krurg se vira e some perante a penumbra das árvores.

Will olha para Lyza e começa a andar, para, olha pra trás, volta, pega a garota, joga-a nas costas e carrega-a. Ele anda até chegar à margem de um enorme lago. A paisagem era demasiadamente linda, a clareira do lago fazia a superfície da água brilhar banhada à luz do sol, o andarilho solta a garota próxima a água e molha o rosto dela com água, ela acorda afogando.
- Coff coff, ai... que dooor de cabeeeçaaa... o que aconteceu?
- Por que me seguiu Lyza? Não sabe o perigo que corre aqui sua incompetente?
- Preciso de um dente de troll para uma poç... AAAAAAHHHH!
Logo atrás de Will aparece uma criatura enorme, aparentava  uns 3 metros e pouco de altura, andava curvado, era como Krurg, porém tinha espinhos nas costas, mãos enormes, e uma boca mais selvagem, o chão mais próximo tremeu com seus passos, Will se prepara para sacar a espada quando a criatura, num ato de reflexo o soca para dentro do lago, Lyza grita amedrontada com o animal, que ruge fortemente, o rapaz emerge na outra ponta do lago e corre para a cena onde a garota se rasteja para traz enquanto o troll enorme caminha para cima dela. Subitamente Krurg pula do alto de uma pedra e agarra o pescoço da fera ela se debate, ruge, e corre, ele consegue tirá-lo de perto da humana mas correndo para a direção de Will, que se prepara para um ataque, ele começa a correr na direção de ambos, o troll derruba  Krurg de suas costas que rola ao chão levantando enorme poeira, Will aparentemente está sozinho agora, lutando contra o monstro, eles correm um em direção ao outro quando Will crava sua espada no chão e grita...

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